O Festival IN recebeu um investimento de 4,5 milhões de euros e reúne 300 entidades desta área de negócio.

Mostrar o que de melhor se faz na inovação e criatividade em Portugal serve de mote ao regresso de mais uma edição do Festival IN que reúne a partir de hoje 350 empresas e entidades das indústrias culturais e criativas. Em entrevista ao Diário Económico, a directora-geral da AIP, Maria João Rocha de Matos, sublinha que o encontro – que recebeu um investimento de 4,5 milhões de euros – aposta em “promover as indústrias culturais e criativas” e provar que esta área está a “criar mais riqueza na economia através da criatividade e inovação”.

Durante quatro dias o evento junta criativos de sectores tão variados como a publicidade, multimédia, televisão e rádio, telecomunicações, artes performativas, design, entre outros, a potenciais investidores para criar oportunidades de negócio. Maria João Rocha de Matos sublinha que as empresas ligadas às indústrias criativas “representam 2,6% do emprego total do País, 3,1% do PIB e já são responsáveis por 3% nas exportações”.

De acordo com a directora-geral da AIP, que se socorre de números para o demonstrar, há uma grande concentração e atractividade em Lisboa para estas indústrias: a região de Lisboa concentra 30% do emprego criativo do País para um total de 38.287 postos de trabalho, acolhe 36% das empresas criativas portuguesas (21.859) que geram 45% do volume de negócios criativo nacional.

Algumas das empresas que participam no Festival IN justificam a presença com o facto de no evento terem oportunidade de promover a criatividade e inovação dos seus produtos ou serviço. É o caso da Sofalca, que actua na área da cortiça. O presidente executivo, Paulo Falcão Estrada, realça que a empresa “tem produto e potencial instalado que poderá responder a desafios de criatividade, em cortiça, impensáveis até há pouco tempo”.

Já Filomena Bento, consultora da Inventa, empresa especializada em propriedade intelectual, justifica a presença com o facto de “a protecção dos direitos dos criativos e das suas obras ser um passo fundamental a ter em conta antes da sua divulgação e devido à falta de conhecimento ou complexidade desta área”. Por isso, deixa um alerta aos criativos, inovadores e empresas: “num mundo cada vez mais global, o investimento na protecção da inovação e internacionalização das empresas deve ser pensado e incorporado na sua estratégia inicial e não ‘à posteriori'”.

No grupo Rumos a participação “prende-se com o facto de as temáticas deste festival irem ao encontro das áreas de formação que o grupo oferece, nomeadamente, a formação em tecnologias de Informação (Rumos), competências empresariais e ‘soft skills (Galileu) e criatividade (Flag)”, sublinha o presidente do conselho de administração, Francisco Miguel.

Para o ‘enterprise solutions director’ da Unisys, Fernando Reino da Costa, “a transformação digital tem sido nos últimos anos um dos maiores alicerces à inovação praticamente em todas as indústrias, e potenciou a criatividade a níveis nunca antes imaginados”. Com base neste cenário, refere que a tecnológica “não podia deixar de estar presente para apresentar soluções e exemplos concretos de inovação ao nível do processo, do produto e do modelo de negócio, suportados pelas mais recentes tecnologias de informação”.

Fonte: Económico

Comentários

comentários